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Economia: a (falsa) base da sociedade (por Eduardo Fernandez Silva)

Repetida tantas vezes, a afirmação parece até verdade; questioná-la parece blasfêmia!

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Imagem de uma miniatura do planeta Terra colocado sobre várias cédulas de dólar - Metrópoles
1 de 1 Imagem de uma miniatura do planeta Terra colocado sobre várias cédulas de dólar - Metrópoles - Foto: Getty Images

Economistas, enganados, ensinam que a economia é a base da sociedade, pois nela são produzidos e trocados os produtos de que necessitamos para sobreviver.

Jornalistas e políticos, iludidos, defendem que a atenção primária deve ser dada à economia, pois é nela que são gerados empregos e renda. Empresários, focados em suas empresas, acreditam que são a base da economia – a base da base! – e influenciam políticos, jornalistas e acadêmicos para reforçarem a equivocada crença da economia como a base da sociedade. E, por decorrência, defender políticas que impulsionem a economia.

Repetida tantas vezes, a afirmação parece até verdade; questioná-la parece blasfêmia! Todos se lembram quem foi que disse que uma mentira repetida 1.000 vezes se torna uma verdade?

Baseadas, pois, numa inverdade, muitas políticas públicas acabam por não alcançar seus objetivos explícitos. E por que se pode questionar a ideia da economia como sendo a base da sociedade?

Por uma razão bem simples: a economia apenas organiza a extração, transformação, repartição, uso e, posteriormente, descarte de materiais da biosfera nesta mesma. Historicamente, a organização desses processos variou muitíssimo. À época de Adam Smith, a ideia de cada um por si fazia algum sentido; hoje, na era das grandes corporações, tais processos são planejados, sempre com o propósito de maximizar o lucro de cada corporação, do que resulta um processo relativamente anárquico.

Assim posto, fica claro que a base da sociedade, muito mais que a economia, é a biosfera. Essa nos foi dada pelos nossos anteados, desde antes dos dinossauros, e a herança que recebemos, transformada, será legada aos nossos filhos, netos e sucessores. E o que esses nossos descendentes vão encontrar?

Por razões conhecidas, a espécie homo autodeclarado sapiens se expandiu e se multiplicou; cresceu, também, em sua capacidade de extrair, transformar, usar e descartar, sem os devidos cuidados quanto à esta última etapa. Assim, quando os indivíduos da espécie eram apenas milhões, com baixa capacidade de extração, a biosfera era vista como fonte e sumidouro. Hoje, quando somos bilhões com elevada capacidade de executar aqueles processos, temos que reconhecer que somos parte da biosfera.

Temos que reconhecer, também, que estamos a destruir essa base da nossa sobrevivência: rios que secaram, solos destruídos, ar contaminado, animais, plantas e insetos dos quais dependemos extintos e em extinção etc. E, cada vez mais, tudo indica, tanto mais rapidamente quanto mais acreditarmos e incentivarmos a prioridade da economia.

Há que corrigir esta gravíssima falha de perspectiva, abandonar a ideia de a economia ser a base da sociedade e pensar e agir cientes de que a prioridade é superar as deficiências do animal humano e de todos dos quais dependemos: animais, plantas, insetos, solos, água, ar….

Quando teremos dirigentes com tal e entendimento e capacidade de convencer multidões dessa verdade inequívoca e propositalmente escamoteada?

 

Eduardo Fernandez Silva. Ex-Diretor da Consultoria Legislativa da Câmara dos Deputados

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